As férias dos meus amigos
Figueira da Foz
Açores- Ilha Terceira
Algarve Alvor
Sintra - Praia Grande
Algures em França
Ericeira
Aquela senhora tem um piano
Que é agradável mas não é o correr dos rios
Nem o murmúrio que as árvores fazem...
Para que é preciso ter um piano?
O melhor é ter ouvidos
E amar a Natureza
Alberto Caeiro - Poemas
Com o pedido de que o novo Presidente trate bem esta cidade
Cacilheiro na Praça do Comércio
Tela de Ana Sofia Santos
"Os Cacilheiros
Aqui na Bica tenho o Tejo à janela e o elevador à porta. Ter uma janela com o Tejo à frente é um gozo porque a gente, logo de manhã, lava os olhos naquelas águas e vê passar os cacilheiros.
Todo o português devia andar de cacilheiro no vaivém da casa para o trabalho porque somos um país de marinheiros e podíamos assim acumular milhas navegadas no nosso curriculum e, depois da morte, alegar para o S. Pedro sem mentir: "Eu que passei a minha vida a cruzar as águas, etc e tal" como introdução ao caderno reivindicativo do Além.
Vejo passar os cacilheiros com gente mal dormida no espreguiçar da manhã. Vai longe o élan das caravelas e "o-da-outra-banda" entra no cacilheiro de corpo e alma vestidos de funcionário para desembarcar em Lisboa a tratar do pão de cada dia. Quando regressa a casa traz às costas o cansaço dum dia sem aventura. Mal empregados barcos, mal empregadas águas."
António Alçada Baptista in Um Passeio por Lisboa
Não têm pena de nós, lisboetas, que no Domingo teremos de ir escolher um destes senhores para Presidente da nossa Câmara?
L'enfant aux ballons - David Jamin
"Junto aos Armazéns do Grandella havia um homem a vender balões, e, fosse por tê-lo eu pedido (do que duvido muito, porque só quem espera que se lhe dê é que se arrisca a pedir), fosse porque minha mãe tivesse querido, excepcionalmente, fazer-me um carinho público, um daqueles balões passou à minha mão. Não me lembro se ele era verde ou vermelho, amarelo ou azul, ou branco simplesmente. O que depois se passou iria apagar para sempre da minha memória a cor que deveria ter-me ficado pegada aos olhos para sempre, uma vez que aquele era nada mais nada menos que o meu primeiro balão em todos os seis ou sete anos que levava de vida. Íamos nós no Rossio, já de regresso a casa, eu impante como se conduzisse pelos ares, atado a um cordel, o mundo inteiro, quando, de repente, ouvi que alguém se ria nas minhas costas. Olhei e vi. O balão esvasiara-se, tinha vindo a arrastá-lo pelo chão sem me dar conta, era uma coisa suja, enrugada, informe, e dois homens que vinham atrás riam-se e apontavam-me com o dedo, a mim, naquela ocasião o mais ridículo dos espécimes humanos. Nem sequer chorei. Deixei cair o cordel, agarrei-me ao braço da minha mãe como se fosse uma tábua de salvação e continuei a andar. Aquela coisa suja, enrugada e informe era realmente o mundo."
José Saramago in As Pequenas Memórias
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