No estrangeiro, basta haver um pouco de sol e todos os habitantes da cidade procuram as esplanadas dos restaurantes e cafés para aproveitaram o bom tempo.
Em Portugal, procura-se sobretudo os espaços fechados, bem protegidos do sol e das correntes de ar.
É o que está a acontecer no meu Bairro. Dum lado e doutro da Avenida principal há diversos cafés que, a pouco e pouco, foram transformando as esplanadas em marquises.
Apenas uma não se fechou em vidro e está aberta às inclemências do tempo, mesmo no inverno.
Aqui se junta gente de todas as idades, gente que gosta de sol e ar.
Na rua onde moro, a maior pastelaria também resolveu fazer a inevitável marquise
Mas eu continuo a ir ao café ao lado
Já lá vão dezoito anos que não ia ao Algarve. Pois, foi este ano. Não gostei de muita coisa que vi, mas em belos pedaços que perduraram na minha memória ainda consegui encontrar o encanto de outrora.
Um apontamento do Palácio de Estoi
Sapal dos Salgados
Arquitectura com sabor mourisco
Fortaleza de Castro Marim, vista através da porta do Castelo
Flamingos
Chaminés na parte antiga de Alvor
Entardecer nas dunas do Alvor
Um terraço em Alte
Uma flor perdida na paisagem
Vista de Silves
Skuba, a imagem de um ser feliz
Regressei !
Não sei por quanto tempo.
Esta máquina infernal (leia-se, computador) teima em ir constantemente para estaleiro, onde tem sido é tratada com desvelo e carinho.
Contudo, a doença não consegue ser totalmente erradicada .
Eu, com esta ausência de muitos e muitos meses, perdi os conhecimentos, a agilidade, a habilidade e a imaginação para voltar ao vosso convívio .
Claro, poucos deram pela minha falta. A Luiza , incansável nunca deixou que o nosso Ecos ressoasse duma forma clara e brilhante.
Tentarei voltar a dar o meu humilde contributo.
"A esperança leva-nos à meta"
Ésquilo
Se o grande filósofo assim o disse, eu, assim o espero"
Os cientistas de todo o mundo interessam-se sobretudo pelo espaço e há continuamente viagens para estudar os planetas mais próximos. Nunca vi nenhum organizar uma expedição ao centro da terra para saber o que lá se passa. Será que aí só há lava incandescente?
Júlio Verne não pensava assim.
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"A princípio nada vi. Fechei rapidamente os olhos desacostumados de luz. Quando pude tornar a abri-los, fiquei mais estupefacto que maravilhado.
- É o mar! - exclamei.
- Sim - respondeu o doutor - é o mar de Lidenbrock e quero crer que navegador nenhum me disputará a glória de o descobrir e o direito de lhe impor o meu nome.
Dilatava-se até além dos limites da visão uma vasta toalha de água, começo de lago ou oceano. A praia chanfrada apresentava às últimas ondulações das vagas areia fina, dourada e semeada daquelas pequeninas conchas onde os primitivos seres da criação viveram. "
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" A vegetação daquele país subterrâneo não se limitava aos cogumelos. Ao longe apareciam grupos de outras árvores de folhagem descorada. Fácil era classificá-las; os humildes arbustos da terra atingiam dimensões colossais; víamos licopódios com trinta e três metros de altura, sigilárias agigantadas, fetos arborescentes do porte dos abetos setentrionais, lepidodendros de caule cilíndrico, bifurcados, encimados por folhas compridas e ouriçados de pêlos duros, semelhantes a monstruosas plantas gordas."
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"Era grande o espaço entre a beira-mar e o sopé dos rochedos que limitavam a costa. Andando, esmagávamos milhares de búzios de todas as formas e tamanhos, onde viveram os animais das primeiras épocas. Vi também enormes conchas, cujo diâmetro excedia, por vezes, cinco metros. Tinham pertencido aos gliptodontes agigantados do período pliocénio, dos quais a tartaruga actual é apenas diminutivo."
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Andávamos dificilmente sobre aquelas fracturas de granito, misturadas com sílex, quartzo e depósitos de aluvião, quando avistámos um campo, mais que um campo, uma planice de ossos. Na extensão de treze milhas quadradas compendiava-se toda a história da vida animal, mal escrita nos terrenos demasiado recentes do mundo habitado"
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" Era a vegetação magnificente da época terciária. Além de grandes palmeiras de espécies extintas, os pinheiros, teixos, ciprestes, tuias representavam a família das coníferas. De uma a outra árvore corriam redes emaranhadas de liana. Debaixo delas, o musgo e as hepáticas revestiam brandamente o solo. Unicamente faltava cor àquelas árvores, àquelas plantas privadas do calor vívideo do sol. As folhas sem verdura e as próprias flores, tão abundantes na época terciária que as viu nascer, sem cor e sem perfume pareciam feitas de papel desmaiado pela acção do ar."
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Não valeria a pena ir lá espreitar?
Fotos retiradas da Internet.
Júlio Verne - Viagem ao Centro da Terra
Manderley - Foto da Net
Não acredito que haja alguém que não tenha lido este livro de Daphne du Maurier ou, pelo menos, visto uma das inúmeras versões de filmes que se fizeram baseados nesta obra. É um misto de romance de amor e história policial, que alia ao suspense um fino gosto estilístico e uma apurada penetração psicológica.
Um pequeno extracto para relembrar:
"De súbito, uma clareira na massa escura, um pedaço de céu, e as árvores negras começaram a escassear, os arbustos anónimos desapareceram - e de um e outro lado vi estender-se uma muralha colorida, rubra como o sangue, mais alta que as nossas cabeças. Eram os rododendros. Surpreendente, aquilo, chocante mesmo, na sua inesperada aparição. Os bosques não me haviam preparado para a cena. Assustou-me o perfil rubro dos rododendros, apertados uns contra os outros, em profusão incrível, sem mostrar uma folha, um rebento, nada a não ser o vermelho agressivo, perfumado, fantástico, absolutamente diferente do de outros rododendros que vira antes."
Tela de Giovani Rosso Fiorentino
Texto de Stefano Redaelli
(Licenciado em Física, vive e trabalha em Varsóvia desde 1997, em cuja Universidade obteve o doutoramento em Física. Trabalha num centro de investigação espacial ocupando-se especialmente do "caos" e do "vento solar")
"Muitas vezes pensamos que não os vemos, talvez porque não gostam de andar por aí com vestes longas e asas de penas; é possível que se mostrem no rosto dum amigo, ou na mão estendida de um desconhecido, ou naquele telefone que toca precisamente no momento certo...Enfim: os anjos existem; e chegam sempre a tempo. Basta querer vê-los."
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