Árvore geneológica da Família Cornaro
Notas e Dicionário das Famílias Portuguesas
de D. Luis de Lancastre e Távora
"Os apelidos começaram por não existir e o aparecimento do uso dos nomes de família é bastante posterior à fundação da nacionalidade. É certo que já no século IX se nos deparam indivíduos nomeados em documentos oficiais com nome próprio e patronímico. Este porém mais não era do que a indicação do nome paterno."
"Foi no período compreendido entre o terceiro quartel do século XII e finais da centúria seguinte que começaram a generalizar-se em Portugal os embriões daqueles agregados familiares que viriam por fim a usar os primeiros apelidos ou nomes de família."
"Provenientes das designações das regiões de origem e morada ou de senhorios e propriedades, e também de alcunhas, esses apelidos só aos poucos vieram a ter uso continuado nas descendências dos seus utentes primevos e, portanto, a individualizarem pessoas interligadas por próximos laços de consanguinidade."
" A mais copiosa fonte de que brotaram os nossos apelidos é a do mundo animal. Dele sairam as famílias dos Leões, Carneiros, Borregos, Cordeiros, Raposos, Galos, Pintos e Coelhos.
Outro abundante manancial de apelidos é o mundo vegetal e aí temos as famílias dos Pinheiros, Carvalhos, Pereiras, Oliveiras, Soutos, Moitas.
Aos ofícios houve igualmente quem fosse buscar o nome formando as famílias dos Marchantes, Marceneiros, Carpinteiros, Ferreiros.
Os defeitos ou qualidades físicas de alguns produziram os Feios, os Belos, os Ruivos, Trigueiros.
A moral originou outros como os das famílias dos Bons, Severos, Leais.
É também de salientar que a maioria da onomástica familiar portuguesa é formada por patronímicos."
DICIONÁRIO DE APELIDOS
ABREU - Este apelido tem também raíz toponímica visto provir da designação da terra e honra de Abreu, hoje termo de Monção. Trata-se de uma família com nobilíssimas e remotas origens, que se poderão situar ainda no séc. XII.
ANDRADE - Família de grande nobreza e antiguidade proveniente da Galiza, cujo nome deriva da vila de Andrada. Várias vezes os seus membros passaram a Portugal, mas foi só Rui Freire de Andrade que aqui se fixou em definitivo com seus dois filhos, em pleno século XIV, deixando larga descendência que adquiriu grande lustre ao longo das gerações.
CAMPO ou CAMPOS - Nome de raíz naturalmente toponímica, é um único se bem com a variante do plural. Uma das famílias que o adoptaram por apelido é de origem espanhola, tendo passado ao nosso país um ramo em finais do século XIV, aqui se ligando por casamento a famílias de boa e comprovada nobreza.
COSTA - Este apelido identificou uma família da nobreza medieval portuguesa que poderá derivar de um protonotário apostólico que viveu no nosso país em princípios do século XIII, de origem grega e denominado Nicolau Kosta.
CARVALHOSA - Nome de origem toponímica, visto que tirada de uma Quinta na comarca de Santa Cruz de Riba-Tâmega, a família que o adoptou por apelido existe pelo menos desde a segunda metade do século XIII.
FREITAS - é um nome com raízes toponímicas dado derivar da designação do Paço de Freitas, na comarca de Fafe. Muitos são os genealogistas que fazem derivar os Freitas de D. Gonçalo Ouveques, o fundador do Mosteiro de Cete.
GOMES - Tratando-se de patronímico, é óbvio que exisitiram muitas famílias que o adoptaram por apelido e que nenhuns laços de consanguinidade ligavam entre si.
GUEDES - Tratando-se do patromímico do nome próprio Gueda, nem por isso deixamos de reconhecer que existiu uma família de mais alta hierarquia em que aquele se fixou como apelido desde remotas eras, sendo aquela um ramo de linhagem dos «de Baião». Apesar de algo decaídos em relação à grandeza primitiva, estes Guedes lá foram mantendo parte substancial da antiga tradição, o que ainda se verifica na segunda metade do século XVI. São os chefes da antiga linhagem dos Guedes os descendentes dos morgados de Santa Comba, na sua linha de primogenitura.
LIMA - Nome de raízes toponímicas, seja ele derivado da designação da terra de Límia, na
Galiza, ou, como alguns pretendem em relação aos Limas portugueses, da de Ponte de Lima.
MONTEIRO - Poderá este nome ter raízes toponímicas, como pode derivar de alcunha granjeada pela prática de um ofício. Os mais antigos membros desta família que se conhecem documentados são do século XIV.
MORATO - Nome derivado de alcunha provável, desta família de origens espanholas passou a Portugal um ramo na pessoa de Gonçalo Morato, meirinho-mor de Leão que, depois de Toro se viu forçado a fixar-se no nosso país, vivendo e morrendo no Alentejo, em finais do século XIV, ali deixando descendentes que lhe continuaram o nome.
PESTANA - Esta família da pequena nobreza do Alentejo usou as armas dos Costa, cuja linha mais antiga documentada é a varonia Marim Gil Pestana , escudeiro nobre que viveu em Évora na segunda metade do século XIV.
RAMOS - Sendo este nome derivado de simbologia religiosa, haverá mais que uma família a tê-lo adoptado por apelido.
SILVA - Nome de raízes toponímicas, foi extraído da torre e honra desta designação, junto de Calença. A linhagem que o adoptou como apelido é de remotas e nobres origens, pois que anteriores à fundação da Nacionalidade e derivada da Casa Real de Leão
SIMÕES - Tratando-se dum patronímico, existirão imensas famílias que adoptaram por apelido este nome, sem terem nada a ver umas com as outras.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Publiquei aqui, resumidamente, as entradas de alguns dos apelidos, que conheço, dos que visitam este blog.
Quem estiver interessado em saber a origem do seu nome, faça o seu pedido através do meu mail luisa34@netcabo.pt
Advertência - Isto é apenas uma brincadeira, sem quaisquer pretenções científicas.
Que me perdoe também o autor do Dicionário citado pelos cortes que fiz nas suas entradas.
Nicolas Maes
Por cima da saia azul
Há uma blusa encarnada,
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada.
Fazes renda de manhã
E fazes renda ao serão.
Se não fazes senão renda,
que fazes do coração?
Todos te dizem que és linda.
Todos to dizem a sério.
Como o não sabes ainda
Agradecer é mistério.
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim,
Que o desdém que por mim tenhas
Sempre é pensares em mim.
Fernando Pessoa - Quadras ao Gosto Popular
VILA ALTA
Ao fundo a Igreja de S. Francisco, onde fui baptisada.
Um pouco mais abaixo, o Pombal (casa com 4 janelas), onde morei muitos anos.
CÂMARA MUNICIPAL
Quando não havia tantos carros era neste largo que brincávamos
VILA BAIXA
Igreja do Espírito Santo, fundada pela Rainha Santa Isabel
Antigo matadouro municipal transformado em biblioteca
Igreja de Nossa Senhora da Assunção onde foi baptisada a minha Mãe
CHEMINA
Ruinas duma antiga Fábrica de lanifícios
Colégio Damião de Gois onde estudei, hoje Museu Arqueológico
As ondas quebravam uma a uma
Eu estava só com a areia e com a espuma
Do mar que cantava só p'ra mim
Sohia de Mello Breyner Andersen in MAR-Poesia
Fui no sábado passado à minha terra e fiquei horrorizada com o aspecto do rio
Disseram-me que o iam limpar, que estavam à espera dumas licenças do Ministério do Ambiente, de negociações com um Empreiteiro, de verbas da Câmara e das primeiras chuvas de Outono.
Ao chegar a casa, não podendo mais suportar aquela visão, meti-me ao trabalho e, em poucas horas, tinha o rio limpo, as margens arborizadas e uma pequena praia cheia de patinhos! E sem burocracias...
A glória é o maior
de entre todos os bens da vida.
Quando o corpo já é pó,
o nome ilustre vive ainda.
O explendor da sua glória
será imortal nos corações,
porque a vida terrena
desaparece, mas os grandes
mortos vivem sempre.
"Schiller"
. jo
. Alenquer
. INVERNO
. NEVOEIROS DE SÃO PEDRO DE...
. COMPENSAÇÃO PERANTE A CRI...
. Homenagem a Rafael Bordal...
. CAPARICA
. Os meus links
. 858
. Collybry
. A Saloia
. Palavras Livres (Cidalia Santos)
. Ilhas
. sokedih
. bettips