Foto da net
Uma época que a geração destas duas vossas amigas
viveu intensamente de um ou de outro lado da barricada.
Esta é a imagem de ternura que
jamais se esquecerá.
25 ABRIL 74, uma data que marcará para sempre
a História deste País.
Bem, hoje a minha dona diz estar muito cansada (custa-me a crer porque veio de um fim de semana lá das terras por onde os mouros assentaram arraiais ), encarregando-me, pois, de ser eu a "postar". Não tenho grande veia para estas prosas, mas como sei que um post sem umas fotos fica sem laracha, resolvi ir ao álbum e enviar-vos umas tiradas há umas semanas num passeio pela Praia Grande.
Foto M. J.Jara
Como não podia deixar de ser, apesar de estar de costas, eu sou este grandão bem preto (um Labrador, de pura raça) que está em primeiro plano, olhando atentamente, para a minha companheira de brincadeiras, aquela branquita lá ao longe, que está a ver se assusta um cocker que por ali apareceu. Se houver zaragata, por aquela "zarolhita " , que vai fazer 5 anos atiraram para dentro do jardim onde passo as férias, sou capaz de tudo, caso contrário sou um paz de alma, bonacheirão, sempre pronto a cumprimentar todos. Os humanos que comigo privam acham mesmo que sou um pouco para o parvote , porque para mim o Mundo chega para todos. Sabem, aos cães acontece-lhes o mesmo que aos Homens, tramam-se se a bondade prevalece sobre a maldade. O mundo é dos "espertos", esses, vivem felizes e sem preocupações, pois só olham para o umbigo e acham que tudo gira, ou deve girar, á volta deles.
Foto M J.Jara
Deixando a filosofia de lado, escolhi agora esta foto, porque penso que vão gostar da imponência do velho rochedo da Praia Grande (não sei se sabem que, ali, se encontram muitas pegadas de dinossauros) com o sol a escoar por entre as nuvens. Pensando bem, será que que esta foto era tal e qual assim ou houve por aqui algum truque para tirar partido do enquadramento. Oh, estes humanos são muito ardilosos e agora nesta era do digital parece que tudo se pode fazer.Esta do ardiloso vem a propósito de dizerem que os animais (irracionais) é que são peritos em manhas e ardis, mas não sei se será assim. Fica à vossa consideração.
Foto M J.Jara
Termino como comecei, com uma foto minha saindo das frias e remexidas á guas do Atlântico, mas desta vez de frente. Sou um bonito exemplar, não acham? Deixando as brincadeiras de lado, podem crer que sou melhor que muitos Humanos que andam por c á neste mundo!
O Doente Imaginário - Charles Leslie
Português que se preze fala das suas doenças como os ingleses falam do tempo. Tinha acabado de receber o telefonema duma prima que me bombardeou com os nomes de todos os remédios que toma e as datas de todas as consultas que tem em marcha, quando, para me distrair, abri a Casa Grande de Romarigães, do Aquilino Ribeiro, e não é que me deparo também com a descrição duma doença??? Mas esta com muito humor.
"Com a paixão a que o moveu o imprevisto desenlace, ou porque isso estivesse no corrume das coisas, tornou-se intratável e assomadiço. Um amigo que o fui ver e era médico disse-lhe: - tudo isso é atrabílis. O amigo Azevedo precisa de tratar da figadeira. Vá Bravães para mudar de ares coma-lhe legumes frescos da horta e deixe correr o marfim.
Andou dias e dias de fronte dobrada, cismático, momento a momento a deitar a língua de fora ao espelho: Morro desta? Não morro? Os mezinheiros asseguravam-lhe que era mal que lhe haviam rogado. Resolveu-se a ouvir a opinião dos facultativos, além do amigo. Entre vários, todos discordes e conspícuos, os que lhe pareceram merecer certa audiência, é provável que por falarem mais a seu gosto, receitaram-lhe banhos de mar. Um répice destes, para quem habita no sertão, não étão fácil de aviar como parece à primeira vista. Os bezoárticos mais raros não seriam mais caros.
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Mas houve que decidir-se. Pois que no problema da sua saúde estava implícito o futuro da sua casa e dos seus."
Férias na Praia -Lowell Herrero
Estando, hoje, a dar ordem nos livros de minha casa, conforme os ia arrumando dava uma vista de olhos folheando ao acaso as suas páginas e, mais uma vez, dei conta de como os grandes génios dizem e escrevem coisas que ficam para a posteridade, pois são intemporais. Vejam o que escrevia Kafka , nos princípios do sec . XX no seu livro MEDITAÇÕES:
"Há dois pecados humanos capitais dos quais derivam todos os outros: a impaciência e a preguiça. Por causa da impaciência fomos expulsos do paraíso. Por causa da preguiça não regressamos lá"
QUE ACTUALIDADE! PASSOU JÁ UM SÉCULO
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