Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.
Alberto Caeiro, em "O guardador de Rebanhos"
(foto da Net)
Os tempos que correm não vão de feição e, para qualquer lado que nos viremos, só se ouvem pequenas grandes desgraças que, de alguma forma, nos toca a todos nós. Achei por bem que deveria ensaiar um momento de descontracção (ainda ponho com dois cç porque do velho acordo ortográfico), quanto mais não fosse para vos arrancar um sorriso amarelo
Aqui deixo algumas "piadas sobre velhos ditados":
Depois da tempestade.....
o trânsito para!
Quem ri por último....
ou é surdo ou atrasado!
Cautela e caldo que de galinha não fazem mal a ninguém.....
excepto à galinha!
Errar é humano, mas encontrar em quem
pôr a culpa
é mais humano ainda.
O importante não é saber,
mas ter o telefone de quem sabe.
(foto da Net)
Bem, eu poderia continuar a desfiar mais umas, mas o que é demais aborrece!
(foto da Net)
Jacek-Yerka - Pintor polaco surrealista
Será que o mundo, tal como o conhecemos, se está a desmoronar?
Foto da Net
Deambulando por uma das nossas grandes livrarias encontrei nos escaparates um livrinho que chamou a minha atenção, intitulado "Primeira Antologia de Micro-Ficção Portuguesa, da Colecção Anti-Matéria, edição de 2008, sendo a selecção e organização dos textos de Rui Costa e André Sebastião. Segundo o o autor do prefácio o que há de específico na micro- narrativa é tão-somente a luta contra o supérfluo, contra o excessivo e contra o desnecessário.
Escolhi uma dessas "estórias" e espero que gostem, pelo menos, tanto quanto eu gostei.
"
Excesso de Poesia
Ia todos os dias à biblioteca e todos os dias era o primeiro a chegar. Pedia um livro de poesia e sentava-se de frente para a entrada, lendo e fantasiando. Sempre que a porta se abria, decolava disfarçadamente os olhos dum poema e observava quem entrava. Andou nisto anos a fio, entre versos, rimas e sonhos, procurando a mulher da sua vida. Quando a encontrou perdeu-a em poucos minutos. Na realidade, não teve prosa para ela.
:
Fernando Gomes, 1966
Foto da Net
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