Há muitos puristas em fotografia que acham que uma foto deve ficar tal e qual como a tirámos. Não concordo. Se há meios técnicos para "refazer" a realidade, por que não usá-los? Também os pintores ditos naturalistas, não copiavam a paisagem tal e qual a viam. Modificavam-na conforme o seu gosto ou, afinal, conforme o que os seus olhos queriam ver.
Assim sou eu com as fotografias. Se quero guardar uma paisagem de que gostei, porque não tirar os objectos que acho que a desfiguram?
Eu tenho a minha realidade e não a que os outros me impõem.
Pôr do sol visto do Jardim das Janelas Verdes.
Carros em primeiro plano e guindastes ao longe a desfigurar o quadro
Tirei os carros e os guindastes. A paisagem ficou de acordo com a minha sensibilidade.
Os sempre presentes guindates a estragar a beleza do rio e do casario
Tirei-os e o Tejo sobressaiu
Um belo navio de cruzeiro agredido por mais um guindaste
Não ficou muito mais bonito o navio em plena liberdade?
Os carros têm de estacionar em qualquer lugar mas logo aqui, à entrada do Museu?
Tirei-os
Alguém me pode acusar de deturpar a realidade se a minha realidade é esta?
Fotos Luisa
Falham-me temas e, por isso, que melhor do que me socorrer, dessa fonte inesgotável de tão bem conhecer a alma lusa: EÇA.
Foto da net
" ....
olhai em redor e vede este formoso Torrão de Portugal, que vós jurásteis, nas mãos de El-Rei defender e fazer prosperar, olhai e dizei-me se sois dignos de estar nesses bancos uma hora mais: por toda a parte o esbanjamento da fazenda pública, por toda a parte o patrocinato primando o mérito; a escola, essa fonte pública, seca de instrução; as férteis campinas, desladas; as estradas que prometesteis, cobertas dos pedregulhosd e das lamas da incúria; as cadeias, esses depósitos do mal, transbordando; e o pobre camponês, que sucumbe ao peso dos impostos, regando com lágrimas o grão escasso que lhe dá um solo desolado!"
Faça-se uns pequenissimos ajustes e aí temos o retrato do Portugal de hoje.
Foto da net
Quadro de Raffaello
Um dia, mortos, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais
O vento levará mil cansaços
Dos gestos agitados, irreais,
E há-de voltar aos nossos membros lassos
a leve rapidez dos animais
Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais, na voz do mar,
E em nós germinará a sua fala
Sophia de Mello Bryner, Um dia
Em memória de uma grande MULHER: a MÃE da nossa LUIZA
Voou para outros reinos onde um dia nos voltaremos a encontrar.
O Ecos do Tempo, faz hoje, precisamente, 3 anos que nasceu. A Luiza e eu queremos agradecer com muito carinho a vossa preciosa ajuda, os comentários, as sugestões, o incentivo e o apreço que sempre dispensaram a este cantinho, sem os quais não teria sido possível chegar até aqui. Procuraremos prosseguir com o mesmo entusiasmo do primeiro dia para que possamos gozar da vossa companhia.
Porque é dia de festa brindemos à AMIZADE!
Foto da Net
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