Nesta invernia densa e longa em que o frio enregela os ossos, a chuva trespassa as roupas, a alma acinzenta-se, nós, os que temos a bênção de viver no conforto dum lar, com muito mais do que as necessidades básicas garantidas, lembramo-nos dos mais desfavorecidos.
Estando eu na categoria dos bafejados, nestas circunstâncias, recolho-me muito mais ao doce conforto caseiro, aproveitando para, entre outras coisas, ler e reflectir.
Tempos sombrios estes em que vivemos e em que os extremos se tocam duma forma assustadora, pois se, por um lado :
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- as noticias estão á distância dum clic;
- as guerrras seguem-se em directo
- há alimentos que se cultivam atificialmente durante todo o ano
- os peixes podem ser multiplicados em aquários
- as aves desenvolvem-se rapidamente em aviários
- as novas tecnologias dão um passo de gigante todos os dias
- alcansa-se outros planetas
- a medicina faz descobertas espectaculares
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por outro:
- o que as noticias nos trazem são momentos aterradores
- os alimentos artificiais, verifica-se que não são tão saudáveis
- a descoberta de outros planetas não nos tem trazido beneficios de maior
- as doenças espalham-se a uma velocidade enorme
- a medicina não chega a todos
- os excedentes de alimentos são deitados fora em vez de se distribuir pelos povos mais carenciados
- as novas tecnologias deveriam servir para ajudar, em tempos calmos e de paz, os países desextreturados a organizarem-se
- e.........
- e.................
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Tudo isto vem a propósito do que se passa com o povo mártir do Haiti, que com nada, ou quase nada ficou, mas tinha ele alguma coisa? Aquilo era um país? Gastam-se tantos milhões, cuja utilidade é duvidosa, que se pergunta se não se poderia, há muito, ter ajudado
aqueles seres humanos que viviam abaixo do limiar da probreza?
Assim, deixo aqui um brevíssimo exerto do pensamento filosófico de um alemão, do sec. XVII, Lessing, que perguntava:
"Porque sentir piedade em vez de dar auxilio, se podemos fazê-lo? Por outras palavras, serão os seres humanos tão vis que não consigam agir humanamente senão quando incitados e, por assim dizer, obrigados pela sua própria dor quando vêem sofrer os outros?"
A natureza acaba sempre por vencer o Homem. Não vale a pena contrariá-la:
Destruir dunas
Construir casas em leito de cheias
Destruir florestas
Alimentar herbíveros com carne
Proibir o nascimento de crianças
Modificar o conceito de casamento
Construir ilhas artificiais
Tudo isto acaba, mais dia menos dia, de se voltar contra o Homem.
E a Natureza tem uma outra força que o homem ainda não conseguiu enganar: O TERRAMOTO
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