Resolvi voltar a este blog não para vos dar conselhos, mas para vos dar conta dum dos meus muitos sonhos:
«Eu cresci neste jardim. Eu passei toda a minha existência á sombra desta casa. Eu sou um cão com alguma idade e com uma enorme experiência. Vêem aquelas árvores ali em baixo, eu já era vivo quando as plantaram no começo do mundo . As minhas recordações já são tantas como as dos Homens de quem sou fiel adorador e a sua mais respeitosa alma. Eu conheço o Inverno e o verão, a neve e a poeira. Já nada me pode espantar. Eu só desejo que me deixem cumprir os meus deveres em paz. Já não tenho nenhumas ambições mundanas. As paixões que destroçam o coração dos cães já não exercem qualquer poder sobre mim. Eu contemplo com piedade as agitações dos animais, as suas fúrias e os seus vãos desejos. «Mas atenção, atenção!Que vejo eu na mão daquele adorado personagem que é o meu jovem dono? Senhor! Senhor! Será possível? Não é aquilo, aquela coisa maravilhosa que eles chamam de bolo? Ah! Agarrai-me! Protegei-me! Senão, eu faço um disparate! Que pode existir melhor do que um bolo? Oh, a minha vida, a minha alma, a minha honra de cão fiel por um pequeno bolo!»
Como vêem nem só os Homens filosofam. Adeus, talvez até á eternidade....
In "Histoires de Chiens", editora Sortilége, tradução MJC
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