
Vicky Brago-Mitchell
Choveu; e logo da terra humosa
Irrompe o campo das liliáceas.
Foi bem fecunda, a estação pluviosa!
Que vigor no campo das liliáceas!
Calquem, recalquem, não o afogam.
Deixem. Não calquem. Que tudo invadam.
Não as extinguem, porque as degradam?
Para que as calcam? Não as afogam.
Olhem o fogo que anda na serra.
É a queimada...Que lumaréu!
Podem calcá-lo, deitar-lhe terra,
Que não apagam o lumaréu.
Deixem! Não calquem! Deixem arder.
Se aqui o pisam, rebenta além.
- E se arde tudo? - Isso que tem!
Deitam-lhe fogo, é para arder...
Camilo Pessanha
Música clássica, Camilo Pessanha... Hmmm
:o)
Este post transmite fogo mesmo, olho para ele e sinto tons quente.
bj gr 
Este post transmite fogo mesmo, olho para ele e sinto tons quente.
bj gr 
De
Rui a 24 de Agosto de 2006 às 19:09
Gostei do poema e sobretudo de re-ouvir Keith Jarret, que por sinal vem cá, não o percam. Desta vez, com certeza, o público saber-se-á comportar.
Rui
Comentar post