Edward Raymes
Se ao menos não houvesse nevoeiro
Talvez a águia pudesse
Procurar o seu vôo para a montanha
E em bater de asas verdes encontrar
O silêncio do seu ninho
Se ao menos não houvesse nevoeiro
Talvez o cisne pudesse
Partir esta noite para o lago
E no musgo das margens encontrar
O silêncio do nenúfar
Se ao menos não houvesse nevoeiro
Talvez agora eu pudesse
Procurar o caminho para ti
E entre rosas e lírios encontrar
O silêncio dos teus braços
Querida Luísa,
Muito bonito o post. Conjunto pintura/poema em perfeita sintonia. Vou visitando os teus blogues aos poucos, porque o tempo disponível é escasso, mas estou a gostar muito do que tenho vindo a encontrar.
Beijo amigo.
Maria
De
Ana S a 28 de Junho de 2007 às 21:53
Não há mal que sempre dure e um dia o nevoeiro vai embora. :)
Sabes uma coisa? Eu aprendi a não gostar do nevoeiro com o Ventor. É que ele já me contou histórias em que andou perdido no nevoeiro. Cá e em África! Mas cá safou-se sempre porque nas suas montanhas lindas não há segredos para o Ventor. Em África era diferente. Quando aparecia o cheiro a animais selvagens no meio de um capim que só por si já escondia tudo, com o nevoeiro, muito pior! Quando o Ventor disparva um balásio, toda a savana ou floresta se tentava esconder! O nevoeiro lutava entre a dispersão e ainda mais concentração. Outro balásio do Ventor e o mundo tremia! É difícil lutar contra o nevoeiro e, por vezes, quase impossível ver braços que se estreitem para nós, no seu seio. Mesmo para um gato! Eu também vejo o nevoeiro aqui do meu miradouro e como não gosto dele, desando para o interior do meu grande mundo junto do Ventor. Bjs.
Como licença poética, ficou ótimo.Inclusive o contraste com a foto, dando o sinal verdadeiro.
Grato pela visita, embora nem sempre deixe comentário passo muito por este vosso cantinho. Não. Os frutos dos Martírios de Cristo só não são comestíveis porque não tem quê, de resto creio não ser venenosos. Mas obrigado pela observação. Duas são minhas sobrinhas e outra aparentada. Um bom fim-de-semana.
Há que procurar o sol para romper o nevoeiro.
Um belíssimo poema. **
De
Jorge G a 29 de Junho de 2007 às 19:11
Belíssima a gravura de E. Raymes, a acompanhar um poema bonito, doce um tanto naïv, de autor que não conheço.
Um bonito conjunto.
Abraço
Um poema muito belo. Muito mesmo.
"Se ao menos não houvesse nevoeiro
Talvez agora eu pudesse
Procurar o caminho para ti
E entre rosas e lírios encontrar
O silêncio dos teus braços."
Na verdade o nevoeiro em tantas ocasiões baixa tanto, tanto, que nos perdemos nas veias dos caminhos que nos conduzem aos silêncios dos braços.
Um abraço e bom fim de semana
Mel
Amiga Luísa. Muito bonito este poema, como a pintura. Luísa bom fim semana beijinho, fica bem com amizade.
maripossa
De
bitu a 29 de Junho de 2007 às 20:37
Assim como as palavras, as imagens me encantam neste cantinho. Reconhece-se em ti o gosto pela arte.
Parabéns.
Bom fim semana. bjks
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