Pintura de Maria Helena Vieira da Silva
De vez em quando releio as poesias de Mário de Sá-Carneiro, um poeta que está um pouco esquecido mas que, para mim, é um dos melhores da nossa literatura.
Alguns extractos do poema Dispersão:
Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto
E hoje, quando me sinto,
é com sadades de mim.
Passei pela minha vida
Um astro doido a sonhar.
Na ânsia de ultrapassar,
Nem dei pela minha vida...
Para mim é sempre ontem,
Não tenho amanhã nem hoje:
O tempo que aos outros foge
Cai sobre mim feito ontem.
As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como tenho saudades
Dos sonhos que não sonhei...
Mário de Sá-Carneiro nasceu em Lisboa, em 19 de Maio de 1890; suicidou-se em Paris, em 26 de de Abril de 1916.
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