Quarta-feira, 5 de Agosto de 2009

Nesta época do ano, Agosto, volto sempre ao mesmo tema, talvez porque, por um lado, goste de ver Lisboa como um deserto e, por outro, porque o deserto me fascina. Só conheço um, o Megeve, mas tenho pena de não ter tido oportunidade de me ter "perdido" por outros.

Aquela imensidão faz-nos sentir pequenos, mas, em contrapartida, a proximidade com Deus é muito maior e o encontro com nós próprios torna-se algo mais fácil de alcançar.


Mas também porque é verão o tempo de lazer alonga-se, e por isso, porque não dedicarmo-nos um pouco á leitura. Pensando nisso, deixo-vos um pequeno excerto dum livro que saiu há pouco e que nos transmite o fascínio do autor por esse mundo.
"Hoje já ninguém vai ao nosso deserto, Cláudia. Os fundamentalistas islâmicos, como os de Laghouat, tornaram-se sanguinários e incontroláveis e os próprios tuaregues revoltaram-se contra o poder de Argel.
Mas a razão principal nem é essa. A razão principal é que já não há muita gente que tenha tempo a perder com o deserto. Não sabem para que serve e, quando me perguntam o que há lá eu respondo "nada", eles riscam mentalmente essa viagem dos seus projectos. Viajam antes em massa para onde toda a gente vai e todos se encontram.
"
In, No teu deserto, Miguel Sousa Tavares, Oficina do Livro
De
mfc a 6 de Agosto de 2009 às 14:34
O deserto preenche-nos com o seu vazio...
Eu gosto dos dos desertos e das praias quentes de verão, às 9 da noite. Parece que se está em África
E nadar com um pôr do sol... é inigualável .
De Sindarin a 6 de Agosto de 2009 às 21:31
Olá amiga. Magnífico. Deve ser estonteante a sensação de vastidão e o silêmcio do deserto. Adorei. obrigada pelo vosso carinho, pela presença ao meu lado, um grande beijinho com carinho.
Bela divagação sobre as areias de Agosto. Bem retratado em fotografia este deserto Português!
De
mary90 a 12 de Agosto de 2009 às 22:43
As imagens do deserto dão-nos uma sensação de paz e plenitude.
Em relação ao mês de Agosto é um dos meses que gosto muito, é o mês em que casei, o mesmo em que o meu marido nasceu.
Trabalho sempre nesta altura e gosto muito dos transportes mais vazios e de menos gente pela cidade, mas para férias nunca escolho este mês.
Tudo de bom.
Beijocas.
Eu, deserto, só ao lado dum oásis...Mas gosto desta calma de Agosto em Lisboa. Na minha rua não se vê ninguém e todas as janelas estão fechadas. Férias, fi-las em Junho e talvez as retome es Setembro.
De Sindarin a 14 de Agosto de 2009 às 11:16
olá amigas! Cheia de calor como quase no deserto aqui estou a deixar um grande beijinho e um enorme abraço.
De
apc a 18 de Agosto de 2009 às 17:50
Quando bem connosco, ou com o outro que levamos, bastamos nós para que o deserto não seja o vazio, mas um espaço amplo e livre onde podemos ser tudo.
Gosto dos teus Agostos escritos. De alguma forma, têm neles esse tal sossego de transição que também eu sinto, e que estranho. E apetece-me sair para outro qualquer lugar, onde o Agosto não seja Agosto.
:-)
Grande abraço
De
Ventor a 22 de Agosto de 2009 às 09:40
Agosto, no deserto? Só se for no deserto do Guincho! O único que conheço bem e que, mesmo assim, em dias de vento que podem ir de Janeiro a Dezembro, fujo dele.
Mas caminhar nas dunas do Guincho, como em tempos eu fazia, dar umas boas cambalhotas e levar com chumbada de areias na cara que nos obrigam a fechar os olhos, eis aí um belo deserto!
Quanto aos desrtos da vida, fujam deles.
Bjs.
Sabes de que há mais deserto?
De emoções!
Já ninguém liga à amizade, ao afecto, ao carinho.
É uma corrida desenfreada para as praias e outros lugares congéneres...parecem loucos!
Beijos e bom domingo.
Chicailheu
De Anónimo a 9 de Setembro de 2009 às 15:32
Deserto? não me atrai, pois não dispenso a sombra das árvores. A frescura as folhas caídas e antes mesmo o verde dos ramos...e os ninhos dos passarinhos... Não me atrai o deserto. Nas cidades não é desertos, há sim ausências e dessas gosto!
Milú
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