Nesta época do ano, Agosto, volto sempre ao mesmo tema, talvez porque, por um lado, goste de ver Lisboa como um deserto e, por outro, porque o deserto me fascina. Só conheço um, o Megeve, mas tenho pena de não ter tido oportunidade de me ter "perdido" por outros.
Aquela imensidão faz-nos sentir pequenos, mas, em contrapartida, a proximidade com Deus é muito maior e o encontro com nós próprios torna-se algo mais fácil de alcançar.
Mas também porque é verão o tempo de lazer alonga-se, e por isso, porque não dedicarmo-nos um pouco á leitura. Pensando nisso, deixo-vos um pequeno excerto dum livro que saiu há pouco e que nos transmite o fascínio do autor por esse mundo.
"Hoje já ninguém vai ao nosso deserto, Cláudia. Os fundamentalistas islâmicos, como os de Laghouat, tornaram-se sanguinários e incontroláveis e os próprios tuaregues revoltaram-se contra o poder de Argel.
Mas a razão principal nem é essa. A razão principal é que já não há muita gente que tenha tempo a perder com o deserto. Não sabem para que serve e, quando me perguntam o que há lá eu respondo "nada", eles riscam mentalmente essa viagem dos seus projectos. Viajam antes em massa para onde toda a gente vai e todos se encontram.
"
In, No teu deserto, Miguel Sousa Tavares, Oficina do Livro
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